O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quinta-feira (1º) a prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente Fernando Collor, permitindo que ele cumpra pena em casa.

O atendimento do pedido foi baseado em alegações da defesa sobre problemas de saúde crônicos, incluindo apneia do sono, doença de Parkinson e transtorno afetivo bipolar, além da idade avançada de Collor, que tem 75 anos. De acordo com a determinação de Moraes, Collor deve utilizar tornozeleira eletrônica e limitar as visitas apenas aos advogados.

Com uma semana de prisão, fruto de decisão anterior que considerou que os recursos apresentados pela defesa eram apenas para postergar a prisão, Collor foi preso em Maceió na sexta-feira (25) pela Polícia Federal e transferido para o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira.

O ex-presidente foi condenado em 2023 pelo STF, recebendo uma pena de 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, vinculados à

Operação Lava Jato. Em sua função anterior como líder do PTB, Collor é acusado de ter recebido R$ 20 milhões em vantagens indevidas a partir de contatos na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, em um intervalo entre 2010 e 2014.