Enquanto o Cruzeiro disputa a ponta da tabela do Campeonato Brasileiro, o técnico Leo Jardim comentou o papel de Gabigol na equipe. Apesar de não ser o artilheiro - posição ocupada por Kaio Jorge, com dez gols -, o camisa 99 é o líder em participações diretas em gols na temporada (13). Mesmo assim, tem começado jogos no banco e entrado nos momentos decisivos. Para o treinador, o espaço no time é definido pelo desempenho e pela construção coletiva.
"Minha relação com o Gabriel é uma relação franca, principalmente, e frontal", afirmou o treinador em entrevista à TV Globo. "Acho que o Gabriel é um grande jogador e um bom ser humano", completou, antes de explicar que, no modelo atual de jogo, o protagonismo é conquistado diariamente: "Cada um tem que mostrar aquilo que vale e conquistar o seu espaço. É a nossa forma de trabalhar."
Com 28 anos, Gabigol soma 22 jogos, nove gols e quatro assistências pelo Cruzeiro. É, estatisticamente, o jogador com maior participação em gols no elenco. Ainda assim, tem começado boa parte dos jogos no banco, sendo utilizado como uma espécie de 12º jogador, opção estratégica para o segundo tempo. A escolha, segundo Leo Jardim, passa mais pelo desenho tático do time do que por qualquer questão individual.
"Gabriel é um jogador especial, que tem uma capacidade de finalização muito grande. Entra muito bem na área", elogiou o técnico. "Mas é necessário, às vezes, ter um contraste apropriado para isso. Em grande parte dos jogos, construímos uma estrutura diferente, com mais movimentos de pressão na frente, mais movimentos dos atacantes."
A fala de Leo Jardim escancara o equilíbrio que tem guiado o Cruzeiro: conviver com nomes de peso sem abrir mão da coletividade. A liderança dividida com o Flamengo é reflexo desse modelo pragmático, que valoriza a entrega e a adaptação ao plano de jogo.
O próximo compromisso será no domingo, às 20h30, contra o Grêmio, no Mineirão. Com 24 pontos, o Cruzeiro tem a mesma pontuação do líder Flamengo.