O ex-atacante Jô foi preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal por não pagamento de pensão alimentícia, no aeroporto de Guarulhos, enquanto tentava embarcar. O caso está sendo conduzido pelo 1º DP de Guarulhos. A prisão cumpriu dois mandados emitidos contra o ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira. A defesa alega que pediu a redução do valor para adequar à nova realidade financeira após a aposentadoria, mas sem retorno da Justiça.
Esta é a segunda vez que Jô é preso pelo mesmo motivo. No dia 6 de maio do ano passado ele foi detido em Campinas, enquanto defendia o Amazonas e se preparava para enfrentar a Ponte Preta pela Série B do Campeonato Brasileiro. O ex-atleta foi solto no dia seguinte.
O advogado do ex-atacante, Guilherme Motai, informou ao Estadão que a defesa já tinha conhecimento do mandado e que, desde fevereiro, entrou com um pedido de redução do valor da pensão alimentícia para adequar à nova realidade financeira do ex-jogador, mas ainda não houve retorno da Justiça.
"Tínhamos ciência do mandado de prisão, o qual foi cumprido hoje pela manhã, em razão do não pagamento de pensão alimentícia. Esse não pagamento decorre de uma situação financeira que, hoje, é irreal. Ela não condiz com a realidade (financeira) do ex-jogador e, por fim, cabe ressaltar que o ex-atleta Jô não foge da sua responsabilidade. Porém, essa responsabilidade tem que ser adequada à sua realidade", disse Montai.
Aos 37 anos, Jô está sem clube desde que deixou o Itabirito, após disputar o Campeonato Mineiro deste ano, com apenas seis jogos e nenhum gol marcado. Pelo Amazonas, na temporada passada, atuou 26 vezes e marcou seis gols, antes de rescindir o contrato em agosto.
O ex-atacante teve uma carreira de impacto, com três passagens vitoriosas pelo Corinthians, clube onde foi revelado, sendo campeão brasileiro em 2005 e 2017, e do Paulistão em 2003 e 2017. Além do time paulista, Jô se destacou pelo Atlético-MG, onde conquistou a Libertadores em 2013 e a Copa do Brasil em 2014.
Jô também viveu bons momentos com a camisa da seleção brasileira. Foi convocado para a Copa do Mundo de 2014, disputando três partidas. Pela seleção, foi campeão da Copa das Confederações de 2013, marcando dois gols em três jogos. Na Europa, defendeu o CSKA Moscou, da Rússia, Galatasaray, da Turquia, além de Manchester City e Everton, da Inglaterra.