Por Sergio Caldas*
São Paulo, 28/07/2025 - As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, um dia após o governo Trump garantir um acordo comercial com a União Europeia e à espera de uma nova rodada de negociações entre EUA e China. Incertezas sobre o pacto tarifário do Japão com Washington, no entanto, derrubaram o mercado de Tóquio.
O índice Hang Seng avançou 0,68% em Hong Kong, a 25.562,13 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,42% em Seul, a 3.209,52 pontos, e o Taiex registrou modesto ganho de 0,21% em Taiwan, a 23.412,98 pontos.
A Samsung Electronics foi destaque em Seul, à medida que sua ação saltou 6,83% e atingiu o maior patamar desde setembro do ano passado, após a gigante sul-coreana anunciar um acordo de cerca de US$ 16,5 bilhões para fornecer semicondutores para a americana Tesla.
Na China continental, o Xangai Composto teve leve alta de 0,12%, a 3.597,94 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,50%, a 2.211,94 pontos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, fechou ontem um acordo com a União Europeia que estipula tarifas "recíprocas" de 15% à maioria dos produtos do bloco. Antes do compromisso, a UE estava sujeita a uma tarifação de 30%.
Hoje, a atenção se volta para a Suécia, onde representantes dos governos americano e chinês iniciam uma nova rodada de discussões tarifárias. A expectativa é que os dois lados renovem a trégua comercial em vigor.
Contrariando o viés positivo da Ásia, o Nikkei caiu 1,1% em Tóquio, a 40.998,27 pontos, após surgirem dúvidas sobre o que exatamente o acerto comercial entre Japão e o governo Trump envolve, principalmente a promessa de investimento de US$ 550 bilhões pelo governo japonês nos EUA. Os termos do acordos ainda estão sendo negociados e nada foi formalizado por escrito, segundo um funcionário da Casa Branca, que falou à Associated Press sob condição de anonimato.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, depois de acumular perdas nos dois pregões anteriores, com alta de 0,36% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.697,70 pontos.
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*Com informações da Dow Jones Newswires e da Associated Press