Economia Mundial
11h40 30 Maio 2025
Atualizada em 30/05/2025 às 11h40

Japão pode ajudar os EUA a fortalecer cadeias de suprimentos de minerais e chips

Por Dow Jones Newswires Fonte: Estadão Conteúdo

O governo japonês poderá em breve propor uma cooperação mais estreita com os Estados Unidos para reforçar as cadeias de suprimentos de semicondutores e minerais importantes, incluindo terras raras, segundo apurou o jornal Yomiuri Shimbun. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, teria mencionado essa proposta ao presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma conversa telefônica de cerca de 25 minutos que aconteceu na quinta-feira, 29. De acordo com diversas fontes do governo, a proposta visa fortalecer a cooperação Japão-EUA em segurança econômica - tendo a China como pano de fundo - e avançar nas negociações sobre tarifas norte-americanas.

Nas rodadas anteriores de discussões ministeriais sobre tarifas dos EUA, o governo japonês propôs medidas para reduzir o déficit comercial norte-americano com o Japão, como o aumento das importações de produtos agrícolas dos EUA e a eliminação de "barreiras não tarifárias" que dificultam a exportação de automóveis americanos.

O Japão avalia propor medidas de cooperação principalmente nos setores de terras raras e outros minerais estratégicos, além de semicondutores e construção naval, com a expectativa de que esses temas se tornem cartas fortes nas negociações. Espera-se que ministros do gabinete discutam os detalhes dessas propostas.

O país está considerando oferecer apoio técnico para o processamento e refino desses minerais estratégicos, informaram as fontes ao Yomiuri Shimbun. Também foi sugerida uma cooperação para realizar esse refino em um terceiro país que possua a expertise técnica necessária e custos trabalhistas mais baixos.

Trump deseja que a produção de semicondutores retorne aos EUA, e o governo japonês considera oferecer apoio, por exemplo, em equipamentos de fabricação de chips. Se a capacidade de produção americana crescer e as exportações ao Japão aumentarem, isso poderá ajudar a reduzir o déficit comercial americano. Fonte: Dow Jones Newswires.

VEJA TAMBÉM