A produção automotiva britânica no primeiro semestre deste ano atingiu seu nível mais baixo desde 1953, excluindo a paralisação do setor durante a pandemia de Covid-19, caindo 7,3% nos seis meses até junho, segundo dados da Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Motores (SMMT, na sigla em inglês). A incerteza sobre as tarifas nos Estados Unidos - o segundo maior mercado da indústria do Reino Unido - fez com que algumas empresas reduzissem ou interrompessem a produção no primeiro semestre deste ano.
Apesar de três meses consecutivos de queda nos volumes de exportação, culminando em um recuou de 18,7% em junho, os EUA mantiveram sua posição como o maior mercado de exportação individual do Reino Unido, reforçando a importância do acordo comercial entre os dois mercados, aponta a SMMT. "Esse acordo, que entrou em vigor em 30 de junho, concede ao Reino Unido tarifas reduzidas para o mercado automotivo americano, o que pode se tornar uma base para o crescimento futuro", avalia.
Mike Hawes, Diretor Executivo da SMMT, afirma que a incerteza econômica global e o protecionismo comercial afetaram a produção automotiva em todo o mundo, sem exceção no Reino Unido. "Os números não são, portanto, inesperados, mas continuam muito decepcionantes. No entanto, existem bases para um retorno ao crescimento", avalia.