As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta sexta-feira, 25, com a temporada de balanços apresentando resultados diversos, enquanto seguem as expectativas por um acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia (UE). Além disso, as perspectivas para os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) após a última decisão de política monetária da autoridade são monitoradas, com sinalizações de que a autoridade deverá demorar mais que o esperado anteriormente para cortar juros.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,29%, a 549,95 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,20%, a 9.120,31 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,26%, a 24.233,08 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,21%, a 7.834,58 pontos.
A Puma tombou 15,96% em Frankfurt, após reduzir seu guidance para o ano e divulgar resultados trimestrais piores do que o esperado. Na mesma cidade, a Volkswagen, por sua vez, avançou 4,55% após seu CEO, Oliver Blume, dizer que a montadora precisa acelerar os cortes de custos em resposta às tarifas dos EUA, que tiveram um efeito adverso de 1,3 bilhão de euros em seu balanço semestral.
Em Paris, a Valeo caiu 6,03%, depois de cortar sua projeção anual para vendas. Também no mercado francês, por outro lado, o Carrefour saltou 5,54% depois que a maior varejista europeia de alimentos surpreendeu em vendas no primeiro semestre. A LVMH subiu 3,92%, com o CEO Bernard Arnault defendendo que a empresa "demonstrou solidez no contexto atual" apesar queda nas receitas.
O presidente americano, Donald Trump, disse que em um possível acordo com a UE, o bloco poderá ter de reduzir suas tarifas. "Existe uma chance de 50% de fechar um acordo com a UE", apontou. Segundo a Reuters, a UE e os EUA poderiam chegar a um acordo inicial neste fim de semana, que provavelmente incluiria uma tarifa básica de 15% sobre todos os produtos da UE que entram nos Estados Unidos e, possivelmente, uma tarifa de 50% sobre o aço e o alumínio europeus.
Segundo a Bloomberg, o dirigente do BCE Martins Kazaks disse ver pouca necessidade de voltar a cortar juros, a menos que a economia da zona do euro sofra um grande choque. Com a inflação em 2% e o desempenho basicamente em linha com as últimas previsões do BCE, os motivos para um novo corte em setembro - como era previsto pela maioria dos economistas antes da reunião desta semana - não são tão óbvios, segundo o dirigente. O índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha subiu levemente em julho, para 88,6 pontos, mas ficou abaixo do esperado, enquanto as vendas no varejo britânico mostraram alta mensal de 0,9% em junho.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,31%, a 40.726,26 pontos. Em Madri, o Ibex35 caiu 0,13%, a 14.237,30 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,39%, a 7.706,91 pontos.