Justiça
14h00 29 Maio 2025
Atualizada em 29/05/2025 às 14h00

Caso Paulo Cupertino: quem são as vítimas do crime; júri popular começou nesta quinta

Por Redação Fonte: Estadão Conteúdo

O novo julgamento do empresário Paulo Cupertino começou na manhã desta quinta-feira, 29, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

Ele é acusado de matar o ator Rafael Miguel, de 22 anos, e os pais do rapaz, o casal João Alcisio Miguel, de 52, e Miriam Selma Silva Miguel, de 50. A reportagem tenta contato com a defesa.

Conforme a acusação, o crime foi cometido por ciúmes: ele não aceitava o namoro da filha, Isabela, com o ator. Na época, ela tinha 18 anos.

Cupertino foi preso quase três anos após o crime, em maio de 2022, quando a polícia o encontrou escondido e disfarçado, com uma identidade falsa, em um hotel de São Paulo.

Com ele foram encontrados chapéus, tintas de cabelo e lentes de contato que, segundo a polícia, o procurado usava para se disfarçar.

Ator de novelas

Rafael era conhecido por sua participação na versão brasileira da novela Chiquititas, do SBT, exibida entre 2013 e 2015. Ele representava o personagem Paçoca.

Ele atuou também em novelas da Globo, como Pé na Jaca e Cama de Gato, além do especial de fim de ano O Natal e o Menino Imperador.

O relacionamento entre Isabela e Rafael durou pouco mais de um ano.

Como foi o crime?

O crime aconteceu em frente à casa da família, na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira, na zona sul de São Paulo. Cupertino fugiu após os disparos. Outras duas pessoas, Eduardo Machado, de 45 anos, e Wanderley Ribeiro Senhora, de 59, acusados de ajudar na fuga do empresário, são réus no mesmo processo.

Ambos respondem em liberdade e, em seus depoimentos, negaram relação com o crime. O Estadão tenta contato com os defensores de Eduardo e Wanderley.

Na pauta, além dos três réus, há 8 testemunhas arroladas. Isabela foi a primeira a ser ouvida.

Primeiro julgamento anulado

Cupertino conseguiu anular o primeiro julgamento, que ocorreu em outubro de 2024. Na ocasião, o réu destituiu seu advogado, levando o juiz Antônio Carlos Pontes de Souza a suspender o julgamento.

Ele é julgado por homicídio doloso com duas qualificadoras: crime cometido sem chance de defesa das vítimas e por motivo fútil.

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